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Pensar as feiras como território de invenção diz respeito a evidenciar os arranjos espaciais próprios, as ordenações e soluções de estruturas improvisadas, que aparecem como expressão da escassez de recursos, mas também como evidencia da potência inventiva daqueles que fazem esses territórios. A invenção aparece aqui em relação ao que Certeau chama das “artes do fazer”, ligadas às táticas cotidianas e às operações de uso.

“Sendo assim, é necessário voltar-se para a ‘proliferação disseminada’ de criações anônimas e ‘perecíveis’ que irrompem com vivacidade e não se capitalizam” (CERTEAU, 2014, 13).

 

Essa perspectiva será balizada também pelas reflexões de Jacques em “Estética da Ginga” bem como de Hélio Oiticica, cujas experimentações artísticas estiveram visceralmente ligadas à inventividade das favelas.

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