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Expressão do comércio informal e espaço de “viração”, a feira está em constante limiar entre a formalidade – resultado de esforços de auto-organização, mas também de cadastramento e fiscalização oficiais – e a informalidade e vulnerabilidade frente aos humores das diferentes gestões. Durante a pesquisa preliminar percebemos diversas dinâmicas de fragmentação, deslocamento e elitização das feiras tanto na capital quanto no interior do estado. Em raros casos se assiste à incorporação das mesmas como valor urbano.

 

Esse eixo pretende analisar justamente as tensões e persistências das feiras em seu enfrentamento com o planejamento urbano institucional, compreendendo que

 

“não se trata de uma não cidade a ser transformada em cidade, uma área desprovida de sentido à qual atribuí-lo graças a um qualquer tipo de colonização, mas de uma cidade paralela com dinâmicas e estruturas próprias, com uma identidade formal própria, inquieta e palpitante de pluralidades” (CARERI, 2017, 23).

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